Cearenses devem gastar R$ 47 bilhões em habitação ao longo de 2025 Foto: Fabiane de Paula

34 cidades do Ceará têm potencial de consumo acima de R$ 1 bilhão; veja municípios

Os cearenses devem movimentar cerca de R$ 241 bilhões ao longo de 2025 em serviços e compras, um avanço de 20,5% em relação ao ano anterior, quando o potencial de consumo do Estado foi de R$ 200 bilhões.

Neste ano, o Ceará é o décimo estado entre os entes federativos do Brasil, e o terceiro do Nordeste, com maior potencial de consumo, segundo levantamento do IPC Maps, divulgado com exclusividade ao Diário do Nordeste.

Fortaleza é a cidade que concentra o maior potencial de consumo, cerca de R$ 96,27 bilhões. Em seguida, estão Caucaia (R$ 10,4 bilhões), Juazeiro do Norte (R$ 7,8 bilhões), Maracanaú (R$ 6,4 bilhões) e Sobral (R$ 5,9 bilhões).

Número de cidades com potencial bilionário aumenta no Ceará

O número de cidades cearenses com potencial de consumo superior a R$ 1 bilhão subiu de 30 municípios em 2024 para 34 em 2025. Brejo Santo, Acaraú, Beberibe e Trairi ultrapassaram a marca de potencial de consumo bilionário neste ano.

A habitação é o item que deve demandar mais dinheiro dos cearenses: cerca de R$ 47 bilhões. Também se destacam os gastos com alimentação no domicílio (R$ 25 bilhões), veículo próprio (R$ 22 bilhões) e alimentação fora do domicílio (R$ 11 bilhões).

A participação do Ceará no potencial de consumo do Brasil cresceu em relação a 2024 - a porcentagem cearense saiu de 2,74% para 2,96%. Marcos Pazzini, especialista do IPC Maps, destaca o aumento real dos valores de potencial de consumo cearense.

“O Ceará teve um aumento dos valores de potencial de consumo de 7,09%. A gente pega o potencial de consumo do Brasil em 2025, que é de R$ 8 trilhões, aplicado a participação que o Ceará teve no ano passado e chego a R$ 225 bilhões (valor real). Comparando com o quanto vai ser neste ano, vemos um crescimento de R$ 16 bilhões no potencial da população”, aponta.

O avanço nas expectativas de consumo da população está relacionado aos baixos níveis de desemprego, segundo Marcos Pazzini. Com a renda constante, os brasileiros têm mais segurança para consumir e assumir compras a prazo.

“No ano passado, o crescimento do PIB foi na ordem de 3% e o consumo das famílias cresceu quase 5%. Isso mostra que a economia brasileira tem crescido mais as custas do aumento do consumo da população”, opina.

O especialista comenta que os estados do Nordeste são beneficiados também pelo turismo alavancado. “Temos desde o ano passado uma desvalorização grande do real, então os viajantes brasileiros estão privilegiando ficar no país. Então o Nordeste se beneficia disso e também se beneficia de turistas estrangeiros”, aponta.

INTERIORIZAÇÃO DO POTENCIAL DE CONSUMO

Fortaleza é a sétima cidade brasileira com maior potencial de consumo. Os moradores da capital cearense gastam principalmente com habitação (R$ 20,9 bilhões), veículo próprio (R$ 11,2 bi) e alimentação no domicílio (R$ 10,5 bi).

 

O potencial de consumo fortalezense corresponde a 1,18% do total brasileiro. O levantamento do IPC Maps identifica que pode haver uma queda na participação da Capital, devido a uma interiorização.

“As capitais dos municípios estão perdendo participação e o interior ganhando, devido à maior atração de investimentos, empresas que saem de grandes centros, onde os custos são muito altos. Então está havendo uma interiorização”, explica Marcos Pazzini.

O fenômeno pode explicar o crescimento do potencial de consumo de cidades fora da região metropolitana.

VEJA RANKING DE CIDADES COM MAIOR POTENCIAL DE CONSUMO DO CEARÁ

1. FORTALEZA: R$ 96,2 bilhões

2. CAUCAIA: R$ 10,4 bilhões

3. JUAZEIRO DO NORTE: R$ 7,8 bilhões

4. MARACANAÚ: R$ 6,4 bilhões

5. SOBRAL: R$ 5,9 bilhões

6. CRATO: R$ 4 bilhões

7. IGUATU: R$ 2,9 bilhões

8. MARANGUAPE: R$ 2,5 bilhões

9. ITAPIPOCA: R$ 2,5 bilhão

10. EUSÉBIO: R$ 2,3 bilhões

11. RUSSAS: R$ 2 bilhão

12. PACATUBA: R$ 2 bilhão

13. BARBALHA: R$ 1,9 bilhão

14. QUIXADÁ: R$ 1,9 bilhão

15. AQUIRAZ: R$ 1,9 bilhão

16. CRATEÚS: R$ 1,8 bilhão

17. HORIZONTE: R$ 1,8 bilhão

18. LIMOEIRO DO NORTE: R$ 1,8 bilhão

19. QUIXERAMOBIM: R$ 1,7 bilhão

20. ARACATI: R$ 1,7 bilhão

21. ITAITINGA: R$ 1,7 bilhão

22. PACAJUS: R$ 1,7 bilhão

23. TIANGUÁ: R$ 1,7 bilhão

24. CASCAVEL: R$ 1,6 bilhão

25. CANINDÉ: R$ 1,6 bilhão

26. MORADA NOVA: R$ 1,3 bilhão

27. TAUÁ: R$ 1,2 bilhão

28. ICÓ: R$ 1,2 bilhão

29. BREJO SANTO: R$ 1,2 bilhão

30. CAMOCIM: R$ 1,2 bilhão

31. SÃO GONÇALO DO AMARANTE: R$ 1,2 bilhão

32. ACARAÚ: R$ 1,2 bilhão

33. TRAIRI: R$ 1 bilhão

34. BEBERIBE: R$ 1 bilhão

(Diário do Nordeste, por Mariana Lemos)

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