Foto : Matheus Amorim FEC

Fortaleza perde a primeira com Renato Paiva e vê alerta aceso na luta contra o Z-4

A derrota por 2 a 1 para o Grêmio, em jogo atrasado da 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, disputado na noite desta terça-feira (29), na Arena, marcou o primeiro tropeço do Fortaleza sob o comando do técnico Renato Paiva. A atuação instável e os erros defensivos, especialmente do goleiro Magrão, foram decisivos para o revés, que derrubou o time para a 18ª colocação, com 14 pontos, reacendendo a preocupação com a zona de rebaixamento.

 

O revés repercutiu com força nas redes sociais, na imprensa cearense e nos bastidores do clube. O time que vinha em ascensão, após empatar com o Bahia e vencer o Bragantino por 3 a 1, teve sua fragilidade escancarada em Porto Alegre. Magrão, substituto de João Ricardo, cometeu duas falhas graves que resultaram em pênaltis convertidos por Martin Braithwaite.

 

Repercussão no vestiário

 

A torcida do Leão do Pici, que começava a se empolgar com os primeiros sinais de evolução sob Paiva, rapidamente mudou o tom. Magrão foi alvo das críticas mais intensas, mas o treinador também foi questionado por sua postura pouco ousada na etapa final, quando o Fortaleza teve mais posse, mas criou poucas oportunidades reais de gol. A falta de repertório ofensivo para buscar o empate preocupou.

 

Apesar do ambiente de cobrança, o discurso no vestiário foi de proteção ao goleiro e foco no coletivo. Deyverson, autor do gol do Fortaleza na partida, saiu em defesa de Magrão e amenizou o peso das falhas individuais. Em entrevista na zona mista, o atacante afirmou que a derrota não pode ser colocada nas costas de um só jogador. “A culpa não é de Magrão. Somos um grupo, perdemos juntos. Claro que aconteceram erros, mas todos erram. O time confia nele, ele é um goleiro de qualidade e tem o apoio de todos nós”, declarou.

 

A fala de Deyverson repercutiu positivamente entre os companheiros e a comissão técnica, que entenderam o gesto como necessário para preservar o ambiente interno. Renato Paiva também evitou expor o goleiro, preferindo destacar a importância de amadurecimento do elenco e o papel do coletivo. “Erros acontecem, e não podemos individualizar a responsabilidade. Estamos formando uma equipe. Precisamos evoluir em conjunto, e isso inclui dar suporte nos momentos difíceis”, comentou o treinador português.

 

A comissão técnica já projeta mudanças para o confronto direto contra o Corinthians, no domingo (03), às 16h, na Neo Química Arena. A partida, diante de um adversário também pressionado, é vista como oportunidade crucial de reação. O time ainda não venceu fora de casa no campeonato e vê o desempenho como visitante como um dos principais entraves à recuperação.

 

Internamente, há confiança no processo comandado por Paiva, mas o alerta está aceso. A queda para a zona de rebaixamento amplia a cobrança por resultados imediatos. Com metade do campeonato se aproximando, o Fortaleza sabe que não há margem para desperdício de pontos. A derrota em Porto Alegre deixou lições claras e um ambiente de união, mas também de urgência.

 

(Fortaleza Vavel, por Gabriel Nunes)

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